quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Marmotas

estava ali agora mesmo no banheiro, pensando na vida e lendo sobre Sérgio Porto/Stanislaw Ponte Preta, pensando do doutorado do gianini, na hegemonia do lula e na morte da bezerra.

descobri, claro, que precisamos de utopias. eu mesmo perdi as minhas já há alguns dias.

utopia, como bem sabemos, "a descrição imaginativa de uma sociedade ideal"

ou "o projeto de natureza irrealizável; idéia generosa, porém impraticável; quimera, fantasia"

a utopia que compramos por quilo na quitanda (quitanda?)

o não-lugar, em tradução tosca. fomos desapropriados do não-lugar (não é bonito?)

a idade em boa parte é responsável por essa desapropriação. a percepção concreta de que a realidade é óbvia, repetitiva e avessa às utopias.

buscamos nas memória essa ilha imaginária (utopia, nome dado por Thomas Morus (humanista inglês, 1477-1535) a uma ilha imaginária).

o lula acabou com as utopias ao mostrar que ao chegar ao poder, sua revolução era a dos bichos (George Orwell - 1903-1950):

"Não havia dúvida, agora, quanto ao que sucedera à fisionomia dos porcos. As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já se tornara impossível distinguir quem era homem, quem era porco."

salto aqui também uma frase fabulosa de Stanislaw: "O Capitalismo é a exploração do homem pelo homem. Socialismo é o contrário." 

a utopia tem um sentido mobilizador e criativo. perdemos os sentidos.

ela é real porque é criativa. é finita porque é chama.

penso que o amigo gianini é sempre tocado por essa força mobilizadora e realizadora, comprovada por mais essa etapa cumprida em sua carreira.

mais do que a formação profissional, marcelo é tocado pela crença, pelo valor intrínseco do saber, pelo desafio permanente, pela criação

eu sou concreto, realista - verdadeiro, portanto, mas abjeto

precisamos de pessoas assim como você, gianini, inspiradoras

quero me apropriar desses sentidos. renovar as utopias

quero realizar

ritschel

Por Eduardo Ritschel

Um comentário:

Véia da Teia disse...

entre essas e outras que tu falou...digo então oq sou:
Nem socialista, nem capitalista, eu sou uma idealista.
Meu mundo é feito dos meus ideais, da minhas idéias, daquilo que acredito ser o melhor, num tem certo nem errado, apenas é! e portanto inteiro! na sua forma mais natural... não passo a mão na cabeça, não sopro machucado, mas nunca deixo de incentivar uma magia, uma brilho no olhar, um passo incerto. Acredito na essência que trago comigo antes mesmo de ter um nome, uma familia.E por ser assim, já me perdi e ganhei tudo, tantas vezes, e te confesso, sou verdadeiramente feliz com tudo, acredito no imponderável, naquilo que não posso tocar mas sei que está lá!
Será?